Postagens

Mostrando postagens de agosto, 2017

{coisas insignificantes I }

hoje três abelhinhas vieram almoçar flores de manjericão no canteiro

{metalinguagem ou saturação}

   o que é ser escritora? tem a ver com viver (vir e ver) e tempo (o cozimento).    há um tempo me sinto numa pausa, nada sai muito fácil, as palavras querem continuar dormindo enquanto o inverno não acaba.    durante o inverno as palavras se esfriam - percebi - deixam de aparecer com frequência, querem dormir, descansar, sem qualquer tipo de incômodo ou cobrança.    dormem para reganhar sentido, amadurecer significados (aquela coisa do tempo de preparo).    no entanto, vez ou outra, algumas despertam brevemente, passeiam um tanto quanto sonolentas, e despretensiosas dão bom dia pra matar a saudade: a escritora se sente só sem suas sílabas, as chama pra sair, sem muito sucesso.    por milagre, ou por simples passagem do tempo, certo dia o sol s(m)e esquenta despertando palavrinhas de prosa sincera, aquelas que não carecem de tantos descansos, forjas ou reencarnações, são sempre mais ou menos do mesmo jeito e pronto.    para o meu espanto, essas são as mais compreensivas, por mostrarem