Postagens

Mostrando postagens de novembro, 2016

{(des)confusões de morfeu}

era para ser dia de despertar o feitiço estava para se quebrar algo como uma visão, premonição vinda em sonho dizia-me que era hora de levantar me viro e desvio na cama sem saber ao certo o significado daqueles sinais morfeicos bebo uma vez mais da seiva bruta anoiteço: fim de festa migalhas sobre a mesa o silêncio, a fumaça, o sal, a fome a lembrança vaga do doce, o gosto do amargo alvorada: a clarividência tem gosto de sangue para minha surpresa o sangue que vertia do meu peito era para o feitiço poderoso antídoto e eu sangrei chovi escorrendo por mil caminhos de areia por não lembrar o rumo ao regato "cala a voz ecoa a essência"- sussurrei desperto: fartura já não há mais deserto meu sangue fértil fez germinar sabor a lembrança vaga do amargo, o gosto do doce devoro o fruto do conhecimento uma vez nutrida, acho graça ao pensar: "morfeu também era profeta".